domingo, 1 de maio de 2011

XV CinePE - 1º Dia: Com muita emoção, o festival tem abertura grandiosa!

Com um público grandioso, a 15º Edição do CinePE, abriu seu festival de maneira brilhante, para se ter noção do tamanho do público, eu cheguei ao local às 18:00, comprei meu ingresso e me dirigi a fila que já dava voltas pelo pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco. Devido ao atraso na abertura dos portões que deveria acontecer as 18:30, passei cerca de 45 minutos a mais na fila esperando para entrar no teatro Guararapes.


O Maior Público participativo dos festivais de cinema do Brasil, assistindo a cerimnia de apresentação, Teatro Guararapes.


Dado o inicio do evento, Sandra Bertini e Alfredo Bertini, fundadores do Festival, surgem em meio a um cenário belssimo em comemoração aos 15 anos de festival e discursam emocionados sobre os antecedentes e a história do CinePe, suas premiações e seus colaboradores e patrocinadores. Graça Araújo entra em cena e começa a cerimônia, apresentando assim os vídeos a serem apresentados no dia, tudo inicia-se com uma homenagem  a Pelé no mundo do cinema com o Média-Metragem "CinePelé" e logo depois à Wagner Moura, que não pode comparecer ao evento por atraso no seu vôo, Pelé recebe e agradece a homenagem, Dizendo: "O CinePE é sem duvida alguma, o "Maracanã" dos festivais de cinema no Brasil". Logo após foi exibido o filme "Uma História de Futebol" de 1998, curta de Paulo Machiline a relembrar a infância do Rei em Bauru.


Wagner Moura, O homenageado da noite no XV CinePE.


Um dos mais emocionantes momentos do evento foi sem dúvida alguma a apresentação do curta "Sons da Esperança", que trata com delicadeza a história de luta e perseverança do maestro Cussy, para formar os músicos e cidadãos no bairro do Coque, ao fim do curta, uma homenagem ao Maestro que morreu no dia 26 de julho de 2010, pouco depois de realizarem as gravações do curta.


Na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Digitais em 35 MM, houve uma sinestesia de emoções, risos, reflexões e momentos de seriedade do público, isso graças ao diferente e maravilhoso material exibido, que variava do fictício a realidade de maneira leve e convidativa.


   "Vou Estraçaiá"Direção: Tiago Leitão, um dos representantes de Pernambuco nessa mostra, foi o primeiro a ser exibido e muito bem recebido pelo público, que gargalhou exaltadamente com a história de brigas nos rings e conflitos gerados pela mídia na vida de Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield.
   "Muita Calma Nessa Hora", Direção: Frederico, Representante do Rio Grande do Sul, o curta foi bem aceito pelo público e um dos meus preferidos, com leveza e roteiro simples, mostrou um conflito entre um casal que deu show num bar e o cantor ao fundo era ofuscado por todas as situações, até que no fim ele tem seu momento de glória e é aplaudido por ter dado um basta no espetaculo sensacionalista do casal.
   "O Contador de Filmes", Direção: Elinaldo Rodrigues, Curta representande da Paraíba. Particularmente esse curta me tocou pela maneira simples e dedicada que Ivan "Cineminha" encara sua paixão pelo cinema, nunca almejou desempenhar papel de ator, diretor, editou ou qualquer outro relacionado ao cinema, apenas, de Espectador apaixonado, desde sua infância, memorizou dados referentes aos filmes que assistiu, segundo ele cerca de 15 mil filmes, esse curta tem linguagem simples e muito interessante, veio disposto à competir nessa mostra!
   "Janela Molhada", Direção: Marcos Enrique Lopes, esse curta foi de todos o mais Educativo, para quem não conhecia ou conhecia pouco sobre a origem do cinema no Brasil, recomendo o curta. O cinema pernambucano contado pela ultima Atriz viva do cinema mudo do Brasil, Adriana Falangola, retratando também a interessantíssima história dos ciclos regionais do cinema Brasileiro e o trabalhoso processo de recuperação de películas em nitrato.
   "A Casa das Horas", Direção: Heraldo Cavalcanti, Curta Cearense, Pessoalmente o mais aguardado e querido, além também de ser o ultimo apresentado no Primeiro dia do Festival, Com Nicette Bruno no papel de Dona Marta, ela observa com tristeza como a cidade cresceu e esqueceu sua identidade, as pessoas não olham mais o céu, brigadeiros vem em lata, e a cidade não tem mais o cheiro dos jardins quase inexistentes na atualidade. Procurando um refúgio nessa cidade já sem atrativos, busca ouvidos amigos em uma empresa telefonica que presta serviços a uma rede de farmácias, até que um dia ela deixa de ligar, pois a cidade que tanto a sufocava, deixou de ser um problema visível e passou a ser lembrança do passado. Com um texto fabuloso e uma qualidade maravilhosa de edição, esse curta é um dos meus favoritos ao prêmio e um dos que mais me emocionou, se não o mais.


Essa foi minha análise pessoal do 1º dia do CinePE 2011, continuarei com postagens sobre os demais dias do evento.

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