segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resenha Crítica [1]: Preconceito lingüístico (Marcos Bagno)

Esta resenha do Livro, "Preconceito Linguístico", foi solicitada pela professora Valquíria Borba, para a cadeira de "Comunicação e Expressão" do 1º Período de Comunicação Social da Faculdade Maurício de Nassau.

Preconceito lingüístico

                    O que é, como se faz - Marcos Bagno (Loyola-1999)
Capa do Livro "Preconceito Linguístico" de Marcos Bagno.


Marcos Bagno, em sua consagrada obra “Preconceito Lingüístico – o que é, como se faz” trata de assuntos polêmicos sobre nosso idioma em todos os aspectos, começando por mitos relacionados a idioma no território brasileiro em ralação à terra mãe lusitana, deixando claro como é visto o português brasileiro dentro e fora do país.
  O Processo argumentativo do livro requer habilidade verbal muito precisa, além de capacidade engenhosa de lidar com as lógicas verbais. Vale lembrar que é possível argumentar sobre a língua de maneira compreensiva para os leitores de leitura leve, alcançando facilmente os objetivos estipulados, na idéia inicial proposta pelo autor através do livro.
   Mostra também a paranóia ortográfica instalada no país quanto ao ensino do idioma, onde o professor ao receber um texto produzido por um aluno, procura imediatamente seus erros ortográficos deixando de lado então todo o seu conteúdo, onde também o autor mostra que a língua não em relação a gramática não pode ser interpretada com exageros rígidos em relação a colocação da mesma, como exemplo: uma pessoa não vai de terno de lã, luvas, e chapéu de feltro para a praia num dia quente. Claro que é sim importante, ressaltar sua importância, tendo cuidados quanto as diferenças de falar e escrever, principalmente se pondo os vícios de linguagem e as gírias em pratica.
   A gramática como todo tem que deixar de ser algo limitado, já que nosso rico idioma vive sofrendo reformas ortográficas naturais da linhagem comum das línguas atuais, onde o acréscimo contínuo não para pela sua diversidade imposta através das diferenças regionais, culturais, socioeconômicas, e em demais variedades que causam conflitos com o ensino do idioma e sua gramática em território nacional e problemas com a língua em si dos demais países lusófonos onde dependem de um “imperialismo português” que os impedem de modificar e fixar suas regras idiomáticas como próprias.

    Com essa idéia levada ao seu publico, Marcos Bagno esse nosso defensor do “Português Brasileiro” como ele é, e não como esperam que ele seja, encerra com a proposta de derrubar as barreiras do preconceito lingüístico e lembrando, que um idioma vivo e rico é aquele que aceita transformações, adaptações e sua grande variedade, que o faz ser tão expansivo e admissível a novas regras e aceitações idiomáticas.
A Idéia de Marcos Bagno quanto ao livro, é esclarecer pontos positivos e negativos quando ao domínio português sobre o idioma falado no Brasil, um pais com suas diferenças perceptíveis quanto ao pequeno território europeu, onde há uma população vinte vezes menor e um território em cerca de 40 vezes menor, onde os contrastes educacionais e aplicações na pratica diferenciam o que temos como o único idioma oficial num pais com dimensões continentais.
                                                                                       
Fernando Monteiro, Recife, 04 de Maio de 2010

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